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domingo, 12 de outubro de 2025

Os Desaparecidos

Título no Brasil: Os Desaparecidos
Título Original: Bureau of Missing Persons
Ano de Lançamento: 1933
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Roy Del Ruth
Roteiro: Robert Presnell Sr, John H. Ayers
Elenco: Bette Davis, Lewis Stone, Pat O'Brien

Sinopse:
Uma jovem e bonita loira vai até o departamento de polícia para denunciar o desaparecimento do próprio marido. Assim que os detetives entram no caso descobrem que há coisas bem esquisitas acontecendo. O homem desaparecido não era casado e aquela jovem parece ser a principal suspeita do crime. 

Comentários:
Um filme policial B da Warner Bros, produzido na década de 1930 e estrelado pela grande atriz Bette Davis. Ela estava bem jovem quando fez esse filme e procurava seguir os passos, pelo menos no visual, da moda da época, com os cabelos platinados, bem marcantes. Um fato curioso é que Davis sempre teve muita personalidade, mesmo quando jovem. Assim que ela entra na delegacia você já percebe que a metadr das coisas que diz são pura mentira, e a outra não é nada confiável. Suas tentativas de parecer tolinha e bobinha, inocente de tudo, não enganam ninguém e esse é apenas um dos charmes desse bom filme policial. Destaque para a cena no necrotério, que é de um humor negro muito refinado realmente. Para quem pensa que o cinema antigo era tolinho... Era nada, pelo contrário, tinha ótimas sacadas de roteiro. 

Pablo Aluísio.

sábado, 11 de outubro de 2025

Bette Davis

Guia
completo e cronológico sobre Bette Davis, uma das maiores atrizes da história do cinema americano e um ícone da Era de Ouro de Hollywood.

🎬 Bette Davis – Biografia Completa

1. História e Início de Carreira

  • Nome completo: Ruth Elizabeth Davis

  • Nascimento: 5 de abril de 1908, em Lowell, Massachusetts, EUA

  • Falecimento: 6 de outubro de 1989, em Neuilly-sur-Seine, França

  • Profissão: Atriz, produtora e ícone do cinema clássico

  • Atuação: 1929–1989

Bette Davis começou no teatro antes de migrar para o cinema no final da década de 1920. Destacou-se por interpretar personagens femininas fortes, complexas e muitas vezes antipáticas — o que a diferenciava das estrelas glamorosas de Hollywood de sua época.

Foi uma das primeiras atrizes a lutar por liberdade artística em seu contrato com os estúdios, tornando-se símbolo da independência feminina no cinema.


2. Vida Pessoal

  • Casou-se quatro vezes:

    1. Harmon Nelson (1932–1938) – seu primeiro marido, músico.

    2. Arthur Farnsworth (1940–1943) – morreu em um acidente doméstico.

    3. William Grant Sherry (1945–1950) – tiveram uma filha, B.D. Hyman.

    4. Gary Merrill (1950–1960) – adotaram dois filhos.

  • Teve uma relação conturbada com a filha B.D. Hyman, que mais tarde publicou um livro criticando a mãe (My Mother’s Keeper, 1985).

  • Era conhecida pelo temperamento forte, perfeccionismo e exigência com diretores e colegas.


3. Principais Filmes

Ano Título Original Título no Brasil Destaque
1934 Of Human Bondage Cativeiro do Desejo Primeira grande atuação dramática.
1935 Dangerous Perigosa Ganhou seu 1º Oscar de Melhor Atriz.
1938 Jezebel Jezebel 2º Oscar de Melhor Atriz.
1940 The Letter A Carta Um de seus papéis mais intensos.
1941 The Little Foxes Pérfida Clássico com interpretação magistral.
1950 All About Eve A Malvada Um dos maiores filmes de todos os tempos; indicada ao Oscar.
1962 What Ever Happened to Baby Jane? O Que Terá Acontecido a Baby Jane? Papel icônico; rivalidade com Joan Crawford.
1978 Death on the Nile Morte no Nilo Sucesso no cinema britânico.
1987 The Whales of August As Baleias de Agosto Último grande papel.

🟡 Total: mais de 100 filmes ao longo de 60 anos de carreira.
🟡 Indicações ao Oscar: 10 vezes (ganhou 2).
🟡 Prêmio honorário da Academia: 1977, pelo conjunto da obra.


4. Cronologia – Linha do Tempo

Ano Evento
1908 Nasce em Lowell, Massachusetts.
1926–1929 Início da carreira teatral em Nova York.
1930 Assina contrato com a Warner Bros. e estreia no cinema.
1934 Fica famosa com Of Human Bondage.
1935 Vence o primeiro Oscar por Dangerous.
1936 Entra em conflito com a Warner e processa o estúdio — perde, mas conquista mais liberdade criativa.
1938 Ganha o segundo Oscar por Jezebel.
1940s Torna-se uma das atrizes mais bem pagas de Hollywood.
1950 Reaparece em grande estilo com All About Eve.
1962 Protagoniza What Ever Happened to Baby Jane?, grande sucesso de crítica e bilheteria.
1977 Recebe o Oscar Honorário pelo conjunto da carreira.
1983 Sofre um AVC e passa por uma mastectomia devido a câncer de mama.
1987 Retorna ao cinema em The Whales of August.
1989 Falece em Neuilly-sur-Seine, França, aos 81 anos.

5. Morte

Bette Davis morreu em 6 de outubro de 1989, em decorrência de câncer de mama e complicações após um AVC. Ela estava em Paris para participar de um festival de cinema e foi sepultada no Forest Lawn Memorial Park, em Los Angeles.

Sua lápide traz uma frase famosa que reflete sua personalidade forte:

“She did it the hard way.” (Ela fez do jeito mais difícil.)


6. Legado e Importância Histórica

  • Atriz símbolo da força feminina no cinema: interpretou personagens complexas, determinadas e sem medo de desafiar padrões.

  • Pioneira: primeira mulher a presidir a Academy of Motion Picture Arts and Sciences (a Academia do Oscar).

  • Independente: lutou contra o sistema dos estúdios, abrindo espaço para que artistas tivessem mais controle sobre suas carreiras.

  • Ícone cultural: sua imagem (especialmente o olhar intenso) inspirou canções, como Bette Davis Eyes (Kim Carnes, 1981), vencedora do Grammy.

  • 🎬 Influência duradoura: inspira atrizes até hoje, como Meryl Streep, Glenn Close e Jessica Chastain.


sexta-feira, 4 de julho de 2025

Vitória Amarga

Esse clássico filme dramático do cinema americano concorreu ao Oscar de melhor filme do ano, mas acabou sendo vencido pelo supremo "...E O Vento Levou". Realmente não havia como superar aquela obra-prima. De qualquer maneira temos aqui um maravilhoso filme estrelado pela sempre ótima Bette Davis. Ela interpreta Judith Traherne (Bette Davis), uma mulher bem sucedida, independente, uma socialite querida no meio social. Um dia ela descobre que tem uma séria doença, um tumor cerebral que sequer pode ser operado. Ao descobrir seu diagnóstico ela também recebe basicamente uma sentença de morte.

Sabendo que vai morrer em breve, ela tenta assim recolocar as coisas no eixo em sua vida pessoal e profissional. Muitos médicos quando informam aos seus pacientes que seus dias estão contados geralmente dão esse tipo de conselho, usando frases como "Se eu fosse você colocaria a partir de agora as coisas em ordem!". Então Judith faz exatamente isso, tenta acertar tudo para que consiga viver seus últimos dias com a dignidade pessoal que merece. O roteiro é tocante e humano, sendo que além da indicação ao melhor filme do ano, "Vitória Amarga" ainda concorreu ao Oscar nas categorias de melhor atriz (para Bette Davis, justíssimo) e melhor música (Max Steiner). Grande drama, grande filme, merece todos os aplausos.

Vitória Amarga (Dark Victory, Estados Unidos,1939) Direção: Edmund Goulding / Roteiro: Casey Robinson, baseado na peça teatral escrita por George Emerson Brewer Jr / Elenco: Bette Davis, Humphrey Bogart, George Brent / Sinopse: O filme conta a história de uma dama da sociedade que descobre que está com um câncer incurável. Ao saber disso ela começa então a aparar e reparar as arestas de sua vida.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 7 de maio de 2025

Amante do Seu Marido

Título no Brasil: Amante do Seu Marido
Título Original: Ex-Lady
Ano de Produção: 1933
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Robert Florey
Roteiro: David Boehm, Edith Fitzgerald
Elenco: Bette Davis, Gene Raymond, Frank McHugh, Monroe Owsley, Claire Dodd
  
Sinopse:
Helen Bauer (Bette Davis) é uma artista bem sucedida que nem quer ouvir falar em casamento. Para ela o matrimônio, com papel passado na frente do juiz ou do padre, acaba matando o romance. Ela gosta do compositor Don Peterson (Gene Raymond) e sente que, um dia, quem sabe, pode vir até mesmo a se casar com ele. O que Helen não quer é pressão e nem pressa para subir ao altar, mas acaba mudando de ideia quando aparece uma concorrente, a bela e doce Peggy Smith (Kay Strozzi) que também está de olho em seu futuro marido!

Comentários:
Qualquer filme que seja estrelado pela grande diva do cinema clássico Bette Davis certamente valerá a pena! Esse aqui, por exemplo, não passa de uma espécie de comédia romântica, com roteiro que critica os costumes dos relacionamentos amorosos de sua época. Não há nada de muito relevante nele, pois é um filme para pura diversão. Isso porém não quer dizer que não tenha méritos. Um deles é explorar a figura de uma mulher independente e dona de si e seu destino em plenos anos 1930, onde ainda havia forte pressão no papel da mulher que deveria se casar e ter filhos. Bette interpreta uma mulher moderna, dos novos tempos, que não está muito preocupada com isso. Seu figurino, seus penteados e suas atitudes são pura Belle Époque! Um tempo em que se procurava por mudanças, para não existir mais tanta repressão moralista! Um momento em que as mulheres finalmente procuravam seguir por seus próprios caminhos. E isso não acontecia apenas nas telas, mas nos bastidores também. A atriz Bette Davis exigiu um salário melhor (ela ganhava menos do que o ator que tinha um papel secundário no filme!) e acabou assinando um contrato muito vantajoso com os estúdios da Warner. Davis, que nunca foi de fazer concessões, acabou assim abrindo um caminho importante em Hollywood para a valorização das mulheres dentro da indústria cinematográfica.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Erros do Coração

Título no Brasil: Erros do Coração
Título Original: The Rich Are Always with Us
Ano de Produção: 1932
País: Estados Unidos
Estúdio: First National Pictures, Warner Bros
Direção: Alfred E. Green
Roteiro: Austin Parker
Elenco: Ruth Chatterton, George Brent, Bette Davis
  
Sinopse:
Com roteiro baseado na novela romântica escrita pela autora Ethel Pettit, "Erros do Coração" conta a estória de um casamento em crise. Após dez anos de casados, Caroline Grannard (Ruth Chatterton) e seu marido Greg (John Miljan) não conseguem mais esconder as fendas cada vez mais profundas de seu desgastado relacionamento. Para piorar uma mulher bem mais jovem, Allison Adair (Adrienne Dore), parece despertar sentimentos profundos em Greg. Tudo assim estaria fadado ao fim em relação a eles? Poderia aquele casamento sobreviver a tamanha crise emocional?

Comentários:
Filme marcante da era de ouro do cinema clássico americano. Entre outras coisas marcou por trazer uma das primeiras grandes atuações da ainda jovem atriz Bette Davis. Na época, com apenas 24 anos, ela já conseguiu chamar todas as atenções para si, mesmo não desempenhando o papel principal do filme. O personagem principal feminino é interpretada pela simpática e talentosa atriz Ruth Chatterton (1892 - 1961) que além de saber atuar muito bem, ainda tinha um raro talento vocal, o que de certa forma lhe abriu as portas em Hollywood para vários filmes do gênero como, por exemplo, "Amar não é Pecado" e "Sarah e Seu Filho". Esses filmes também tinham uma forte carga dramática o que valeu a atriz duas indicações ao Oscar no mesmo ano, uma por seu papel coadjuvante no último filme citado e outra como atriz principal em "Madame X". Mesmo com tanta bagagem o fato é que Ruth acabou ofuscada por Bette Davis. De fato, durante todo o desenrolar da trama o cinéfilo ficará mais interessado nos rumos do papel de Bette do que do casal principal. Ela sabia muito como bem interpretar personagens dúbias, que podiam transitar entre o bom mocismo e a maldade absoluta. Não é por acaso que acabou se tornando uma das mais famosas atrizes de todos os tempos.

Pablo Aluísio.