Título no Brasil: Que Papai não Saiba
Título Original: Vivacious Lady
Ano de Produção: 1938
País: Estados Unidos
Estúdio: RKO Radio Pictures
Direção: George Stevens
Roteiro: P.J. Wolfson, Ernest Pagano
Elenco: Ginger Rogers, James Stewart, James Ellison, Beulah Bondi, Charles Coburn, Frances Mercer
Sinopse:
Peter Morgan, Jr (James Stewart) é um sujeito todo certinho, professor universitário, que se prepara para seguir os passos de seu avô e seu pai, para um dia se tornar reitor da universidade. Durante uma visita a Nova Iorque ele conhece, se apaixona e se casa com Francey Morgan (Ginger Rogers), uma cantora de night clubs. De volta ao lar ele agora terá que encontrar um jeito de contar isso ao seu pai, um sujeito conservador, linha dura e de mente atrasada, que provavelmente terá um choque e uma explosão de raiva quando souber das novidades.
Comentários:
Esse filme foi lançado um ano antes do começo da II Guerra Mundial. Isso significa que a inocência desse tipo de enredo em breve iria desaparecer diante das atrocidades dos campos de batalha (o próprio James Stewart iria para a guerra). É um roteiro romântico, diria até bem bobinho. Toda a estória gira em torno do medo de um jovem nerd em contar para seu pai (um sujeito dominador e prepotente) que havia se casado com uma dançarina de boates! Tudo o que o velho mais abominaria. Diante do pavor da situação ele retorna para sua velha cidade com sua esposa, mas esconde dos pais que ela é casada com ele. Ao invés disso fica o tempo todo mantendo uma mentira, a de que a garota seria na verdade a namorada de seu primo! Como se pode perceber é uma comédia de costumes ao velho estilo. Tudo baseado numa peça teatral. James Stewart era muito jovem quando atuou nessa produção. Ele ainda estava um pouco distante dos clássicos do cinema que iria estrelar. Imaturo, até com um pouco de falta de jeito, seu estilo mais matuto acabou combinando muito bem com seu personagem. Já Ginger Rogers, que se tornaria imortal na história de Hollywood por causa de seus musicais inesquecíveis ao lado de Fred Astaire, estava mais bonita do que nunca! Ela tinha um excelente timing para a comédia e aqui demonstra bem isso. O filme chegou a ser indicado a dois prêmios técnicos no Oscar, o de Melhor Fotografia (Robert De Grasse) e o de Melhor Som (James Wilkinson). O diretor George Stevens, um dos grandes cineastas de Hollywood durante a fase de ouro do cinema clássico americano, aqui dirigiu um de seus trabalhos mais leves e descompromissados, e mesmo assim acabou sendo premiado no Venice Film Festival como melhor diretor estrangeiro. Não tem jeito, mesmo com produções românticas, leves e ingênuas, esses gênios da sétima arte conseguiam realmente se sobressair.
Pablo Aluísio.
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segunda-feira, 7 de julho de 2025
quinta-feira, 3 de julho de 2025
Garota do Interior
Título no Brasil: Garota do Interior
Título Original: Small Town Girl
Ano de Produção: 1936
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: William A. Wellman, Robert Z. Leonard
Roteiro: Ben Ames Williams, John Lee Mahin
Elenco: Janet Gaynor, Robert Taylor, Binnie Barnes, James Stewart
Sinopse:
Katherine 'Kay' Brannan (Janet Gaynor) é uma garota nascida no interior, bem no meio rural. Ela acha a vidinha de interiorana muito maçante e complicada de suportar. Certa noite, casualmente, ela conhece o jovem, bonito e rico, Bob Dakin (Robert Taylor). Eles se dão muito bem, mas Bob acaba exagerando na bebida. Sem saber o que está fazendo pede a mão da garota em casamento. No dia seguinte, finalmente sóbrio, descobre que acabou se casando mesmo com ela numa capela local na noite anterior! Seus pais conservadores porém não admitem nem a hipótese de haver uma separação entre eles.
Comentários:
Comédia romântica que hoje em dia vai certamente soar muito pueril. Mesmo assim conseguiu manter o charme mesmo após tantos anos de seu lançamento original. O grande atrativo vem do elenco. Janet Gaynor e Robert Taylor formam o improvável casal de namorados ocasionais que acabam se casando numa noite de bebedeiras e loucuras (o enredo inclusive se parece muito com um fato real que aconteceu na vida de Marilyn Monroe, quando ela se casou bêbada com um amante que mal conhecia no México, para desespero dos executivos do estúdio Fox). Como se pode perceber pela sinopse se trata de uma comédia de erros, brincando o tempo todo com os costumes da época. A atriz Janet Gaynor funcionava muito bem nesse tipo de papel, a da garota espevitada dos anos 20 e 30. Com seus modos nada convencionais ela chocava o público que ia ao cinema oitenta anos atrás, exatamente por fugir daqueles rígidos padrões de comportamento aos quais as mulheres estavam submetidas. Já Robert Taylor era o galã que toda garota sonhava namorar (o que garantia a bilheteria do filme nos cinemas). Por fim e não menos importante é importante salientar a presença do ator James Stewart, ainda dando os primeiros passos em sua carreira, no elenco de apoio. Grande e desengonçado, ele não trazia nenhuma pista de que um dia iria virar um dos maiores nomes da história de Hollywood em sua era de ouro, clássica.
Pablo Aluísio.
Título Original: Small Town Girl
Ano de Produção: 1936
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: William A. Wellman, Robert Z. Leonard
Roteiro: Ben Ames Williams, John Lee Mahin
Elenco: Janet Gaynor, Robert Taylor, Binnie Barnes, James Stewart
Sinopse:
Katherine 'Kay' Brannan (Janet Gaynor) é uma garota nascida no interior, bem no meio rural. Ela acha a vidinha de interiorana muito maçante e complicada de suportar. Certa noite, casualmente, ela conhece o jovem, bonito e rico, Bob Dakin (Robert Taylor). Eles se dão muito bem, mas Bob acaba exagerando na bebida. Sem saber o que está fazendo pede a mão da garota em casamento. No dia seguinte, finalmente sóbrio, descobre que acabou se casando mesmo com ela numa capela local na noite anterior! Seus pais conservadores porém não admitem nem a hipótese de haver uma separação entre eles.
Comentários:
Comédia romântica que hoje em dia vai certamente soar muito pueril. Mesmo assim conseguiu manter o charme mesmo após tantos anos de seu lançamento original. O grande atrativo vem do elenco. Janet Gaynor e Robert Taylor formam o improvável casal de namorados ocasionais que acabam se casando numa noite de bebedeiras e loucuras (o enredo inclusive se parece muito com um fato real que aconteceu na vida de Marilyn Monroe, quando ela se casou bêbada com um amante que mal conhecia no México, para desespero dos executivos do estúdio Fox). Como se pode perceber pela sinopse se trata de uma comédia de erros, brincando o tempo todo com os costumes da época. A atriz Janet Gaynor funcionava muito bem nesse tipo de papel, a da garota espevitada dos anos 20 e 30. Com seus modos nada convencionais ela chocava o público que ia ao cinema oitenta anos atrás, exatamente por fugir daqueles rígidos padrões de comportamento aos quais as mulheres estavam submetidas. Já Robert Taylor era o galã que toda garota sonhava namorar (o que garantia a bilheteria do filme nos cinemas). Por fim e não menos importante é importante salientar a presença do ator James Stewart, ainda dando os primeiros passos em sua carreira, no elenco de apoio. Grande e desengonçado, ele não trazia nenhuma pista de que um dia iria virar um dos maiores nomes da história de Hollywood em sua era de ouro, clássica.
Pablo Aluísio.
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